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27 de Abril de 2024

As abelhas convenceram-nos de que sabiam matemática. Mas mentiram-nos

Publicado por Perfil Removido
há 3 anos

Por Liliana Malainho Portal Zap

As abelhas convenceram-nos de que sabiam matemática. Mas mentiram-nos

O novo estudo não significa necessariamente que as abelhas não entendam números, mas sugere que os animais usam propriedades não numéricas para resolver problemas matemáticos.

Vários estudos convenceram-nos de que as abelhas são pequenos génios matemáticos: há artigos que sustentam que estes insetos compreendem o conceito de zero e que conseguem fazer adições e subtrações complexas. Acontece que, segundo um novo estudo publicadona Proceedings of the Royal Society B, não é bem assim.

Na verdade, as abelhas são capazes de resolver uma equação matemática sem usar números. Em vez de um processamento cognitivo complexo de números, os animais usam pistas visuais, segundo o IFL Science.

Uma equipa internacional de cientistas encarregou um conjunto de abelhas de resolver um problema matemático. Em vez de números, os animais estimaram quantidades usando pistas visuais mais simples, uma prova de que estes insetos são bons a encontrar a solução mais eficaz para resolver problemas.

As abelhas foram, então, treinadas para identificar cartazes com diferentes números de formas. Para algumas das abelhas, a recompensa era colocada no cartaz com mais formas, enquanto para outras era colocada no cartaz com menos formas. Depois de aprenderem esse detalhe, as abelhas foram capazes de encontrar rapidamente os cartazes com o maior ou menor número de formas para encontrar a sua recompensa.

Para determinar se as abelhas usavam pistas não numéricas, a equipa repetiu a experiência. Porém, desta vez, em vez de um número maior de formas, os cientistas usaram o mesmo número de formas, mas em dois conjuntos: a única diferença eram os aspetos visuais, como comprimento da borda e a frequência espacial.

Nenhum dos cartazes continha uma recompensa açucarada, apenas água.

Se as abelhas estivessem a usar números, deveriam ter voado igualmente para cada placa em busca da sua recompensa. Em vez disso, os insetos treinados para encontrar açúcar nas placas com o maior número de formas voaram para as placas com o maior número de variáveis – ou seja, as formas com as bordas mais interessantes e complexas.

O resultado sugere que os insetos usaram pistas visuais das formas e não o número das mesmas na primeira experiência. As abelhas “são incrivelmente inteligentes e podem resolver tarefas de maneiras eficazes e inesperadas”, comentou o autor principal do estudo, HaDi MaBouDi, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido.

A equipa defende que a investigação mostra que o cérebro das abelhas evoluiu para ser capaz de distinguir valores numéricos através de pistas visuais, em vez do processamento cognitivo complexo de números.

Esta forma mais simples de resolução de problemas poderia ser usada para desenvolver Inteligência Artificial (IA) mais inteligente, capaz de realizar tarefas com muito mais eficiência do que os seres humanos.

As abelhas sabem o que é o zero

As abelhas compreendem a noo de zero o nmero que representa a inexistncia de algo semelhana dos golfinhos papagaios ou os primatas

As abelhas compreendem a noção de ‘zero’, o número que representa a inexistência de algo, à semelhança dos golfinhos, papagaios ou os primatas.

As abelhas acabam de se juntar ao “clube de elite” que consegue distinguir o zero – o número que representa a inexistência de algo, de outras quantidades. Esta é a principal conclusão de um estudo realizado por cientistas australianos e franceses, publicado esta sexta-feira na Science.

Na experiência laboratorial, os cientistas testaram até que ponto as abelhas conseguem classificar quantidades numéricas e perceber que o zero é a base da sequência de números. Enquanto que os humanos, possuem cerca de 86 mil milhões de neurónios, estes animais têm menos de um milhão.

Mas, mesmo assim, as abelhas estiveram à altura do desafio. “O zero é um conceito difícil de compreender e a habilidade matemática não surge facilmente. Uma criança demora alguns anos a aprender”, explicou Adrian Dyer, da universidade tecnológica RMIT, em Melbourne, na Austrália.

Na experiência, os cientistas atraíram as abelhas para uma parede com quadrados brancos e figuras pretas, que representavam números até cinco. Depois, explica o Público, as abelhas foram treinadas para escolher o quadrado com o menor número de figuras. Se o fizessem corretamente, recebiam uma recompensa açucarada.

A equipa de investigadores fez testes com um quadrado sem figuras e com quadrados com figuras e observaram que os animais compreendiam que o zero (o quadrado sem figuras) era o número mais baixo – embora não tenham sido treinadas para tal.

Estes resultados podem ajudar-nos a compreender como diferentes cérebros representam o zero ou, por outro lado, contribuir para novos desenvolvimentos na Inteligência Artificial.

Dyer defende que o zero é tão importante no nosso dia a dia como para a construção de naves espaciais.

“Pensávamos que apenas os humanos tinham inteligência para entender o conceito, mas investigações recentes têm mostrado que os macacos e as aves também têm um cérebro capaz de o fazer. O que não sabíamos – até agora – era se os insectos compreendiam o zero”, concluiu o especialista.

Fonte: Zap

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